Não há nada que me deixe mais frustrada do que pedir sorvete de sobremesa,contar os minutos até ele chegar e aí ver o garçom colocar na minha frente uma bolinha minúscula do meu sorvete preferido.
Uma só.
Quanto mais sofisticado o restaurante, menor a porção da sobremesa.
Aí a vontade que dá é de passar numa loja de conveniência, comprar um litro de sorvete bem cremoso e saborear em casa com direito a repetir quantas vezes a gente quiser, sem pensar em calorias, boas maneiras ou moderação.
O sorvete é só um exemplo do que tem sido nosso cotidiano.
A vida anda cheia de meias porções, de prazeres meia-boca, de aventuras pela metade.
A gente sai pra jantar, mas come pouco.
Vai à festa de casamento, mas resiste aos bombons.
conquista a chamada liberdade sexual, mas tem que fingir que é difícil (a imensa maioria das mulheres continua com pavor de ser rotulada de 'fácil').
Adora tomar um banho demorado, mas se contém pra não desperdiçar os recursos do planeta./
Tem vontade de ficar em casa vendo um dvd, esparramada no sofá, mas se obriga a ir malhar./
E por aí vai.
Tantos deveres, tanta preocupação em 'acertar', tanto empenho em passar na vida sem pegar recuperação...
Aí a vida vai ficando sem tempero, politicamente correta e existencialmente sem-graça, enquanto a gente vai ficando melancolicamente sem tesão...
Às vezes dá vontade de fazer tudo “errado”.
Deixar de lado a régua, o compasso, a bússola, a balança e os 10 mandamentos.
Ser ridícula, inadequada, incoerente e não estar nem aí pro que dizem e o que pensam a nosso respeito.
Recusar prazeres incompletos e meias porções.
Nós, que não aspiramos à santidade e estamos aqui de passagem, podemos (devemos?) desejar várias bolas de sorvete, bombons de muitos sabores, vários beijos bem dados, a água batendo sem pressa no corpo, o coração saciado.
Um dia a gente cria juízo.
Um dia...
Não tem que ser agora.
Por isso, garçom, por favor, me traga: cinco bolas de sorvete de chocolate...
Depois a gente vê como é que faz pra consertar o estrago.
quarta-feira, 30 de março de 2011
DUAS BOLAS, POR FAVOR - por Danuza Leão
sexta-feira, 25 de março de 2011
Sou isso hoje...
Amanhã, já me reinventei.
Reinvento-me sempre que a vida pede um pouco mais de mim.
Sou complexa, sou mistura, sou mulher com cara de menina... E vice-versa. Me perco, me procuro e me acho. E quando necessário, enlouqueço e deixo rolar...
Não me dôo pela metade, não sou tua meio amiga nem teu quase amor. Ou sou tudo ou sou nada. Não suporto meio termos. Sou boba, mas não sou burra. Ingênua, mas não santa. Sou pessoa de riso fácil...e choro também.."
segunda-feira, 21 de março de 2011
Mais Uma Vez
Mas é claro que o sol vai voltar amanhã
Mais uma vez, eu sei
Escuridão já vi pior, de endoidecer gente sã
Espera que o sol já vem.
Tem gente que está do mesmo lado que você
Mas deveria estar do lado de lá
Tem gente que machuca os outros
Tem gente que não sabe amar
Tem gente enganando a gente
Veja a nossa vida como está
Mas eu sei que um dia a gente aprende
Se você quiser alguém em quem confiar
Confie em si mesmo
Quem acredita sempre alcança!
Mas é claro que o sol vai voltar amanhã
Mais uma vez, eu sei
Escuridão já vi pior, de endoidecer gente sã
Espera que o sol já vem.
Nunca deixe que lhe digam que não vale a pena
Acreditar no sonho que se tem
Ou que seus planos nunca vão dar certo
Ou que você nunca vai ser alguém
Tem gente que machuca os outros
Tem gente que não sabe amar
Mas eu sei que um dia a gente aprende
Se você quiser alguém em quem confiar
Confie em si mesmo
Quem acredita sempre alcança!
Quem acredita sempre alcança!
No dia internacional da síndrome de Down, Romário declara amor à filha no Mais Você
|
domingo, 20 de março de 2011
Desabafo
quinta-feira, 17 de março de 2011
Andador: porque atrasar a vida do seu bebê?
Denise Gurgel Barboza |
Andador é vilão no desenvolvimento do bebê 25/11/2009 - O andador para bebê implica em atrasos no desenvolvimento sensório-motor, coordenação motora, além de contribuir para acidentes domésticos. |
Andador é vilão no desenvolvimento do bebê
Teoria da vovó, o seu bebê não precisa usar andador! Ao invés de favorecer os primeiros passos o seu uso implica em atrasos no desenvolvimento sensório-motor, coordenação motora, além de contribuir para acidentes domésticos.
Hoje em dia, os andadores circulares estão sendo substituídos pelo andador vertical, que respeita o aprendizado motor da criança, mas também deve ser oferecido em idade adequada e na supervisão do adulto.
Saiba mais porque o andador é um acessório que não deve fazer parte do sue enxoval.
A criança desenvolve o controle do corpo em etapas seqüenciais e pré-determinadas. Num primeiro momento o bebê sustenta a cabeça, em seguida rola o corpo, arrasta-se, senta com apoio e depois sem apoio, engatinha, fica em pé e termina por andar. Em todas essas fases a criança está amadurecendo neurologicamente, além de seu corpo estar se exercitando, alongando, fortalecendo, treinando equilíbrio, coordenação, conhecendo o próprio corpo, para enfim andar. Com o uso do andador a criança é “forçada” a pular fases, principalmente o engatinhar, levando o atraso no andar.
Além do atraso corporal a criança poderá sofrer atraso na aquisição da fala, simplesmente pela falha no desenvolvimento neurológico que se resume em andar-falar-pensar.
Outro ponto negativo para o andador é que a criança toca o chão muitas vezes apenas com as pontas dos pés, podendo causar atrasos na formação dos arcos plantares contribuindo para o pé plano (pé chato). A posição no andador também poderá levar a deformações no quadril.
A falsa sensação de liberdade oferecida pelo andador impede que a criança explore o ambiente. Para a criança desenvolver-se bem e sem atrasos, podemos estimular através de brincadeiras, principalmente no chão para que os pequenos “treinem” todas as fases. Atividades como essa necessitam de uma supervisão dos pais tanto para estimular como para livrar os pequenos dos perigos escondidos em casa. Talvez seja isso que motiva os pais a usarem o andador, pois se a criança está no andador ela está segura. Isso é incorreto! É comum o andador virar com um simples impulso da criança causando acidentes.
O bebê precisa experimentar seu corpo livremente e os “tombinhos” são naturais para ao aprendizado e domínio do corpo. Estimule seu filho (a) com o que há de melhor, sua presença!
domingo, 13 de março de 2011
Faça das palavras dela, as minhas...
...,mas não que é verdade mesmo. Não é todo mundo que tem coragem de se expor.
Para escrever você precisa ter ousadia, iniciativa,sensatez... ou a falta dela!
Escrever para mim sempre foi um desafio, desafio de conseguir controlar ou entender meus sentimentos.Escrever faz com que eu me ache... ou perca!Escrever é colocar em linhas toda paixão, amor, raiva ou ódio.É a forma mais infinita de registrar uma história, seja ela de vitória ou de derrota.É passar para as pessoas um pouco da sua essência, a imagem da tua alma.Mesmo que muitos não compreendam...
Espero que escrevendo eu consiga tocar alguns ou muitos corações. E mesmo que isso não aconteça, sei que consegui tocar a mim mesma.
Escrever... salva a alma presa, [...] salva o dia que se vive e nunca se entende a menos que se escreva ( Clarice Lispector)
Família é mais importante
Hoje assistindo ao filme “CLICK” pela quadragésima vez, novamente percebi que apresenta uma séria reflexão sobre a correria do mundo atual. Michael Newman (Adam Sandller) é um pai de família em busca do sucesso profissional, que se encontra desafiado a administrar bem o seu tempo, olhando acima de tudo para a melhoria de seu desempenho profissional e o aumento de sua renda financeira. O cansaço do trabalho o faz dormir pesadamente sobre uma cama em uma loja. Durante seu pesado sono sonha encontrar e possuir um controle remoto que controla todos os eventos de sua vida. A partir de então, usa o controle e rapidamente consegue realizar todos os seus sonhos, visto que avança sua própria vida para o tempo da conquista de sua meta. Torna-se sócio da empresa onde trabalhava. Contando sempre com a ajuda do poderosíssimo controle remoto, passa a resolver todos os problemas, nada mais consegue bloquear seu êxito profissional. No entanto, passa a não se importar mais com a família, não realiza os desejos de seus filhos, não sai mais para passeios, vive apenas para o trabalho, perde
a esposa para outro homem e se dá conta de que avançou sua vida velozmente. O doutor que lhe forneceu o presente se revela então como o anjo da morte, e lhe mostra todos os momentos que perdera, dentre eles a partida de seu próprio pai. Michael então se vê obeso, doente e reflete sobre suas perdas e seus ganhos. Percebe que perdeu sua vida buscando riquezas. Michael conclui que perdeu momentos importantíssimos de sua vida, não deu a importância devida à família. Internado muito doente recebe a visita de seu filho dentre outras pessoas, percebe então que o filho está seguindo o mesmo destino, que após o casamento está indo a uma viagem de negócios e não à lua de mel. Michel desvencilha-se dos equipamentos médicos e sai correndo a procura do filho, cai na rua gritando pelo seu rapaz, sob os cuidados do filho, no momento final de sua vida deixa a mensagem principal do filme de que a família é mais importante. É preciso ver o filme com entendimento e criticidade, visto que a mensagem trabalhada no filme não é de desvalorização do trabalho e muito menos da desvalorização da busca da excelência profissional, mas sim de que se faz necessário buscar um equilíbrio entre a excelência profissional e a excelência do convívio familiar.
Como isso irá afetar realmente sua vida? O resultado será benéfico a sua carreira? E a estabilidade da família? O que aconteceria se tivéssemos o poder de controlar os rumos de nossas vidas a partir de um aparelhinho como esse? Você gostaria de ter um? Ao assistir o filme estrelado por Adam Sandler (e que conta ainda com a participação de Christopher Walken e Kate Beckinsale) podemos chegar a algumas respostas... Portanto, não perca tempo e dê um “Click” em sua telinha e também em sua vida...
Ao homem do século XXI é imprescindível compreender o que realmente é importante. Não viva para trabalhar, trabalhe para viver, mas trabalhe com muita responsabilidade e compromisso com a empresa, utilize bem o tempo de trabalho, assim você conquistará a confiança de seu líder.
Consumimos, consumimos e consumimos. Mas realmente do que precisamos para atingir a felicidade? Será que a tão sonhada TV de última geração é o que nos fará chegar ao êxtase? Ou o carro do ano é que nos trará a alegria? Talvez aquela casa na praia ou as férias no exterior sejam as respostas aos nossos anseios... Seria interessante que nas escolas se fizesse um trabalho para o surgimento de gerações futuras de consumidores mais conscientes de seus direitos, responsabilidades e, principalmente, necessidades. E como um filme da estirpe de “Click” nos ajuda nesse quesito? A produção dirigida por Frank Coraci nos coloca em contato com a idéia de que a felicidade reside naquilo que compramos, no que podemos ter... E não no que realmente importa...
Família é a mais importante instituição humana. É em nossas casas que encontramos a segurança, o carinho, o apoio, a paz e o amor que precisamos (ou pelo menos deveria ser). Apesar disso, dedicamos menos tempo à família e, mesmo quando estamos em nossos lares, muitas vezes estamos distantes e alheios aos filhos e cônjuges, aos irmãos e aos pais. “Click” também coloca essa situação em destaque e ainda nos provoca a repensar as relações familiares. A escola pode e deve trabalhar idéias de integração familiar e de maior valorização das relações entre as pessoas que vivem num mesmo lar.
sexta-feira, 11 de março de 2011
Síndrome de Down: o preconceito é a maior barreira
Esperei muito o momento de engravidar, momento este que traz muitas expectativas e surpresas. A ultrassonografia mostrando o pequeno coração batendo, os movimentos dentro da barriga, a interação...
Tudo parecia perfeito, até que o resultado de um exame traz a notícia de que o bebê tem Síndrome de Down. Ouvir falar muito sobre o assunto, mas nunca imaginei que aconteceria comigo. Estima-se que, para cada 700 nascimentos, 1 bebê tenha Down.
(ESCRITO POR WALKYRIA BEZERRA) Há mais de um século foram escritos os primeiros textos sobre o tema. O médico inglês John Langdon Down descreveu, em 1866, as características de uma síndrome, a qual chamara, na época, de mongolismo, em razão da semelhança dos traços físicos com o povo mongol – termo atualmente considerado extremamente pejorativo. Só no fim da década de 1950 é que o assunto foi um pouco mais detalhado. O médico francês Jerome Lejéune desmistificou o porquê de os bebês nascerem com os mesmos traços: ele identificou uma alteração num dos cromossomos e a nomeou de Síndrome de Down, em homenagem ao especialista que iniciou o tema no meio científico.
Nos últimos anos, o cenário mudou. Os portadores da síndrome participam ativamente da vida familiar, escolar e do lazer. Com mais acesso, tornam-se mais independentes e a auto-estima cresce
A diferença encontrada foi no cromossomo 21. Quando os 23 cromossomos da mãe encontram os 23 vindos do pai, numa das divisões ocorre uma ação ainda não identificada, que faz com que, em vez dos 46 cromossomos esperados, o feto tenha 47. Trata-se da trissomia do cromossomo 21, que ocasiona um trio, no lugar de um par de cromossomos. Essa é a alteração genética mais comum, a trissomia livre.
Há também a translocação cromossômica, que é mais rara e consiste no fato de o cromossomo 21 (extra) estar conectado a outro cromossomo. Nesse caso, na maioria das vezes, o pai ou a mãe já carregam essa alteração. Por fim, há o mosaicismo, que também é raro e caracterizado pelo fato de algumas células terem 46 cromossomos e outras, 47.
Ainda há estudos para levantar quais são os fatores que desencadeiam a síndrome e que pretendem desvendar o que ocorre durante a divisão de células para resultar no problema. Sabe-se apenas que a idade avançada da futura mãe pode facilitar sua ocorrência. A estimativa é de que a partir dos 35 anos haja a probabilidade de 1 entre 275 bebês nascer com essa anomalia genética, enquanto aos 20 anos, é de 1 em 1.600 crianças. Com mais de 40 anos, a previsão chega a ser de 1 bebê em 100.
Esses primeiros passos de Lejéune e Down conduziram a história de luta contra o preconceito da sociedade. Afinal, a informação é a grande aliada contra a discriminação. Os ganhos foram enormes, sobretudo ao pensar que, décadas atrás, as pessoas com Síndrome de Down eram internadas em manicômios, isoladas e subestimadas quanto à sua capacidade. É claro que ainda há muito que fazer em prol dessa causa. Tanto que, em pleno século XXI, ainda há discussões acerca de sua inclusão social.
"Nos últimos anos, o cenário mudou. Os portadores da síndrome participam ativamente da vida familiar, escolar e do lazer. Com mais acesso, tornam-se mais independentes e a auto-estima cresce", garante a dra. Ana Cláudia Brandão, pediatra e coordenadora do Centro Integrado de Atendimento à Criança e ao Adolescente com Síndrome de Down do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE).
Traços comuns
Os olhos amendoados, a face achatada, o pescoço curto, os dedos das mãos menores, menor força muscular são características comuns por conta da trissomia do cromossomo 21. A possibilidade de ter doenças associadas – como problemas cardíacos e respiratórios, alterações auditivas, de visão e ortopédicas – também está presente. Mas, como para qualquer outra criança, isso pode ser tratado e deve ser acompanhado por especialistas.
Outra característica comum entre as pessoas com Síndrome de Down é o ritmo particular para aprender. "Apresentam déficit intelectual de nível leve a moderado, dificuldade de aprendizagem de tarefas da vida diária, acadêmica e de raciocínio. Mesmo assim, a maioria das crianças consegue entrar na escola comum, basta ter um currículo adaptado, levando em consideração seu potencial", explica a dra. Ana Cláudia.
Elas merecem ser olhadas pelo potencial que podem desenvolver, pois são capazes. Esse olhar muda a vida da criança
Entretanto, se desde pequenino o bebê receber estímulos motores e cognitivos (de intelecto), conseguirá usar todas as ferramentas a seu favor. As crianças engatinham, andam, correm, sentam. Esse trabalho de terapias estimula o desenvolvimento do equilíbrio, da postura, dos movimentos e do raciocínio. "As práticas garantem o futuro da criança. Assim, quando adulta, terá possibilidade de vida mais independente, de trabalhar, de usar transporte público. Elas merecem ser olhadas pelo potencial que podem desenvolver, pois são capazes. Esse olhar muda a vida da criança", enfatiza a pediatra.
Uma vez comentaram comigo que eu sabia de tudo da SD, eu não sei de tudo, ninguém sabe de tudo, eu procurei me informar para poder receber meu filho, e com todos os artigos que li, palestras que participei, histórias de pessoas eu vi que a luta importante que busca conquistas contra o preconceito e melhor qualidade de vida para os portadores desta alteração genética . A Síndrome de Down é um acontecimento genético natural e universal. Isso quer dizer que a síndrome não é resultado da ação ou do descuido de mães e pais.
O preconceito afasta as pessoas, não permite que possamos exergar a beleza que o ser humano traz na sua plenitude, não permite que possamos retirar o escudo falso da superioridade e ver o nosso irmão com dignidade e respeito, entender as diferenças e poder conviver com elas. Encontrar nestas diferenças o estimulo para despertar muitos sentimentos em nós escondidos ou reprimidos pela própria vida que levamos, os ensinamentos que recebemos. Mas uma das grandes virtudes humanas é saber se modificar, adaptar-se, ser generoso e ter ampla capacidade de amar .
E é nesta capacidade de AMAR que acredito que os conceitos pré formados que só trazem exclusão, sofrimentos, possam ser transformados em aceitação, modificando a visão destrutiva do preconceito. Porque esperar para fazermos um dia este planeta terra melhor, quando as transformações desta mudança só depende da nossa capacidade de compreender, de tolerar, de aceitar, de respeitar e de amar ? Então digam comigo ” Nao ao preconceito” e participemos desta luta contra TODAS luta importante que busca conquistas contra o preconceito e melhor qualidade de vida para os portadores desta alteração genética . A Síndrome de Down é um acontecimento genético natural e universal. Isso quer dizer que a síndrome não é resultado da ação ou do descuido de mães e pais.
Ela é causada por um erro na divisão das células durante a formação do bebê (ainda feto). E de cada 700 bebês que nascem, um tem Síndrome de Down. Atualmente, a Síndrome de Down é mais conhecida, o que permite mais qualidade de vida, melhores chances e desenvolvimento para os portadores. Mas, infelizmente, esse avanço ainda não foi suficiente para acabar com um dos principais obstáculos que as pessoas com Down enfrentam: o preconceito.
O preconceito afasta as pessoas, não permite que possamos exergar a beleza que o ser humano traz na sua plenitude, nao permite que possamos retirar o escudo falso da superioridade e ver o nosso irmão com dignidade e respeito, entender as diferenças e poder conviver com elas. Encontrar nestas diferenças o estimulo para despertar muitos sentimentos em nós escondidos ou reprimidos pela própria vida que levamos, os ensinamentos que recebemos. Mas uma das grandes virtudes humanas é saber se modificar, adaptar-se , ser generoso e ter ampla capacidade de amar .
E é nesta capacidade de AMAR que acredito que os conceitos pré formados que só trazem exclusao, sofrimentos, possam ser transformados em aceitação, modificando a visão destrutiva do preconceito. Porque esperar para fazermos um dia este planeta terra melhor, quando as transformações desta mudança só depende da nossa capacidade de compreender, de tolerar, de aceitar, de respeitar e de amar ? Então digam comigo ” Nao ao preconceito” e participemos desta luta contra TODAS AS FORMAS DE PRECONCEITO.
Porque o Davi faz fisioterapia!?
A hipotonia (flacidez muscular), associada ou não à frouxidão de ligamentos, independente do motivo que a(s) tenha determinado, sempre compromete a eficiência da atividade muscular. Isso ocorre porque a natureza é muito econômica na sua arquitetura, de tal maneira que os músculos são de menor tamanho possível e engenhosamente inseridos nos ossos, geralmente de maneira oblíqua, utilizando-se de pontos de alavanca para funcionarem. Assim, desempenham a sua atividade com eficiência e com o mínimo de dispêndio de energia. Quando há hipotonia e/ou frouxidão de ligamentos o resultado de toda a atividade muscular (força) fica comprometido. Como nem sempre o grau de hipotonia é uniforme em todos os grupos musculares, o comprometimento funcional manifesta-se de maneira diferente conforme a intensidade da flacidez. É por essa razão que as manifestações clínicas encontradas são diversificadas, e nem todas sempre presentes, em todos os casos de hipotonia e/ou frouxidão de ligamentos, inclusive na Síndrome da Infância (EValDO). Os sinais sintomas mais encontrados, isolados ou em associação, são os seguintes:
·Dificuldade no controle da salivação, provocando a baba
·Refluxo gastro-esofágico·Dificuldade na mastigação de alimentos sólidos.
·Comer com a boca aberta, com velocidade excessiva
·Respirar pela boca, na ausência de obstáculo das vias aéreas superiores.(rinite/adenóides volumosas)
·Atraso no surgimento da fala e dificuldade para articular sons que exigem elevação da ponta da língua (r, l, lhe)
·Projeção da língua para fora das arcadas dentárias na articulação do sons “t” e “d ”.
·Formação de bolhas de saliva durante a fala
·Esforço exagerado para produzir voz
·Timbre de voz áspero
·Dificuldade em dosar o volume, prevalecendo a voz gritada.
·Atropelamento da fala pela falta de fôlego.
·Substituição do engatinhar pelo arrastar no chão.·Cansaço físico fácil - a criança pede colo constantemente
·Corridas desengonçadas e quedas freqüentes
·Fuga de atividades que exigem esforço muscular
·Jeito estabanado, aflito, desastrado e desorganizado
·Posição dos pés sugerindo pés chatos, com joelhos em xis
·Enurese noturna (xixi na cama) após a fase de controle vesical.
·Escape de urina diurno ao esforço físico, no riso incontrolável
·Escape de fezes (as vezes num contexto de prisão de ventre)
·Deformidade das arcadas dentárias (problema ortodôntico)
·Dificuldade na organização interior do espaço
·Dificuldade no uso de vocábulos que traduzem conceito de tempo/espaço (ex: antes, amanhã, meses do ano, depois, etc.)
·Desorganização do padrão gráfico (letras e/ou desenhos mal distribuídos no espaço, calcados, de tamanho irregular).
·Inquietude. Desatenção. Desligamento.
·Cifose funcional (corcunda)
Apesar da importância desses sinais, muitos deles interferindo com a adaptação da criança, o aspecto mais importante, nesse contexto clínico de hipotonia/frouxidão de ligamentos, é o fato da atividade motora sem precisão, desengonçada, comprometer a adequada exploração e domínio do espaço que a circunda. Isso leva ao comprometimento da organização do espaço interno, fundamental para a aquisição do conceito de tempo, que é a base para o desenvolvimento da capacidade de abstração e, portanto, da linguagem, assentada em tempos verbais e para a aquisição e automatização da leitura e da escrira. É por essa razão que essas crianças, além de desorganizadas na maneira de funcionar e nos seus relatos, do mau rendimento na escola, também têm dificuldade para a aquisição de conceitos e domínios de vocábulos como: depois, antes, amanhã, dias da semana, espera a sua vez, seqüência dos meses, noção de quantidade, de cores, de horas. São crianças que necessitam do auxílio dos recursos da medicina foniátrica para que possam evoluir de acordo com o bom potencial que geralmente apresentam, inclusive para maior rapidez e eficiência de tratamentos fonoaudiológicos, pedagógicos e psicológicos quando necessários.
A estimulação precoce é uma série de exercícios para desenvolver as capacidades da criança, de acordo com a fase do desenvolvimento em que ela se encontra. Não se trata de nada complicado, mas de uma série de ações que toda pessoa faz normalmente com os bebês, além de outras atividades mais específicas que se pode aprender facilmente .
A maior parte dos programas de estimulação precoce são dirigidos a crianças de 0 a 3 anos e devem ser iniciados o quanto antes para que a criança possa se desenvolver o quanto antes e chegar o mais próximo da normalidade, respeitando as características de cada indivíduo.
Os pais devem observar o que seu filho faz com facilidade e o que é difícil para ele; cada criança é única e individual. Assim, a estimulação deve ser feita de acordo som suas capacidades. E todas as novidades e necessidades devem ser comunicadas ao terapeuta. Os pais devem estar dispostos e com tempo para estimular a criança. É importante que essas atividades sejam agradáveis para ambos. Assim, você estará dando carinho e atenção para seu filho e poderá também observá-lo, compreendendo melhor suas dificuldades e habilidades. O desenvolvimento global da criança depende muito do ambiente em que ela vive. Ele deve ser tranqüilo, mas dever fornecer-lhe estímulos variados, um de cada vez e em diferentes períodos do dia. Qualquer coisa pode ser um estímulo conveniente para a criança: brinquedos coloridos, música, conversa, ou o próprio movimento da casa. Porém, não é interessante fornecer muitos estímulos ao mesmo tempo. Por exemplo, muitos brinquedos, rádios e televisão ligados, outras crianças brincando. O excesso de estímulos pode confundir a criança.O bebê receberá mais estímulos se o mudarmos de posição diversas vezes durante o dia, enquanto estiver acordado. Cada nova posição, de bruços ou de lado, fará com que ele perceba partes diferentes de seu corpo e o relacione com o ambiente. A mudança de local onde o bebê fica também ajuda a estimulação, de modo que é bom deixá-lo um pouco em vários lugares da casa. A criança deve ficar sempre que possível perto de seus pais e irmãos, enquanto estiverem trabalhando, conversando ou brincando. Assim, ela vai tomando contato com o que acontece na casa e gradualmente começará a participar das atividades e se desenvolvendo.
E não se esqueça: Procure seu fonoaudiólogo e esteja sempre em sintonia com sua equipe!
quinta-feira, 10 de março de 2011
Amamentação e o contato Pele-a-Pele
A iniciativa foi do pediatra colombiano Dr. Edgar Rey Sanabria em 1979 que na falta de unidades incubadoras para os prematuros colocou os bebês entre os seios maternos proporcionando o contato direto com mãe. O método foi continuada pelo Dr.Hector Martinez.
Os recém-nascidos recebiam por tubos oxigênio, alimento e medicação e supreendentemente os bebês se desenvolveram mais rápido e melhor do que os que estavam na incubadora, com apenas 75 dias de vida já atingiam 2kg saíam da maternidade.
Inpirado nos filhotes marsupiais que após nascerem concluem seu amadurecimento em uma bolsa no abdome da mãe, a técnica foi então denomidado Madre Canguro, mãe canguru em português e kangaroo mother care em inglês.
Dessa maneira as mamães e também papais ficam no hospital o maior tempo possível com seu bebê diretamente no peito passando dessa mamneira o calor e o carinho necessário para sua sobrevivência.
O método se popularizou por todo o mundo inclusive no Brasil. Diversos estudos científicos comprovam sua importância garantindo a redução da mortalidade de recém-nascidos, redução do choro, menor oscilação dos batimentos cardíacos, manutenção térmica, melhor desenvolvimento neuro-fisiológico, mais aleitamento e outros benefícios.
O contato precoce pele com pele estimula o bebê a mamar e também estimula a produção do leite materno. Esse contato pele com pele é responsável por maior taxa de aleitamento exclusivo.
Em caso de bebês pré-termo é recomendado que as mamães continuem a "usar" seus bebês no corpo mesmo após ter alta até o momento em que gestação seria completa. Eles podem ser presos, apenas com fralda, com um tecido macio e seguro diretamente no peito desnudo da mãe.
Para bebês pré-termos é aconselhável proporcionar o contato pele-a-pele pelo menos no momento da amamentação pois esse contato estimula a produção da ocitocina hormônio que proporciona bem estar e atua nos canais de leite ajudando na movimentação e na saída do leite.
Desta maneira os bebês mamam melhor e consequentemente as mães produzem mais leite.
Para saber mais pesquise MMC Método Mãe Canguru, Cuidado Mãe Canguru, Madre Canguro, kangaroo Mother...